O Diretor Regional Adjunto da DRAPLVT, Rui Hipólito e a Diretora de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar e Rural, Ana Arsénio, realizaram uma visita ao Porto de Lisboa, no dia 22/07/2020, no âmbito dos acompanhamentos setoriais in loco, com o objetivo de acompanhar os trabalhos desenvolvidos pela equipa técnica da Direção de Serviços, neste caso em concreto, o procedimento de inspeção fitossanitária de citrinos importados de países terceiros.
As inspeções fitossanitárias em frutos de citrinos compreendem o despiste de várias pragas de quarentena, a saber:
- as bactérias Xanthomonas citri pv. citri e Xanthomonas citri pv. aurantifolii;
- os fungos Cercospora angolensis Carv. et Mendes e Phyllosticta citricarpa (McAlpine) Van der Aa, anteriormente classificado como Guignardia citricarpa Kiely e
- os insetos da família Tephritidae (não europeus) e da espécie Thaumatotibia leucotreta (Meyrick).
A inspeção fitossanitária é constituída por três componentes: o controlo documental, o controlo de identidade e o controlo físico.
O controlo documental valida toda a informação submetida na plataforma comunitária TRACES – NT bem como todos os documentos de acompanhamento da remessa, o que inclui a verificação dos certificados fitossanitários emitidos pelas autoridades fitossanitárias dos países terceiros de origem.
O controlo de identidade consiste numa inspeção visual para verificar se o conteúdo e a rotulagem de uma remessa, incluindo os selos e os meios de transporte, correspondem à informação fornecida nos certificados oficiais e nos outros documentos que acompanham a remessa.
O controlo físico (Figura 2) consta de uma inspeção visual minuciosa de uma quantidade de frutos representativa de toda a remessa (largas dezenas conforme especificado na regulamentação), que poderá implicar a colheita de amostras para análise laboratorial, sempre que existem sintomas ou sinais suspeitos de pragas, para identificação em laboratório de referência nacional.
A época alta de importação de citrinos inicia-se habitualmente no final de junho e termina em meados de outubro.
Estas inspeções pretendem impedir a entrada de pragas “importadas” em Portugal e na União Europeia protegendo as nossas espécies vegetais de novos problemas fitossanitários.
Nos últimos três anos, atingiu-se o pico de inspeções em setembro de 2018 a 30.000 toneladas de frutas via porto e aeroporto de Lisboa (Figura 1).
Figura 1 - Peso total em toneladas, por mês, da carga sujeita a inspeção fitossanitária entre 2017 e 2019
Figura 2 - Aspeto da inspeção fitossanitária minuciosa aos frutos de citrinos